sábado, 25 de abril de 2009

Quero a minha casa - Parte I


É interessante procurar um lugar para morar.
E aí alguém te pergunta: para que sair de casa?

E você responde: é porque eu preciso da "minha" casa. Daí você vai numa imobiliária e começa a descrever a sua casa para uma pessoa (corretor) que você não conhece. O corretor, como um vidente, olha para o monitor a sua frente (bola de cristal) para lhe ajudar a encontrar a "sua" casa. Daí começam aparecer opções e você olha fotos e preços. Quanto custa encontrar a "minha" casa. E o vidente, ops!, o corretor te dá uma lista de alternativas a "sua" cara. E olha que ele acabou de te conhecer. Aí começam as visitas e as análises. Um critério fundamental é "eu quero olhar e me ver morando lá!". É como se fosse uma visão do futuro. Você entra no apartamento e de repente aparece um portal do tempo e você se vê andando pela casa, dormindo, cozinhando, trabalhando no computador, assistindo TV, saindo do banheiro nua, transando no quarto, ou melhor, na sala (até porque morar só permite isso), recebendo amigos, ouvindo música . . . enfim! Começa o entra e sai . . . Esse é ótimo mas é perto da favela. O outro é quente mas tem espelho enorme em frente ao lugar da cama . . . no quarto . . . hummmm . . . no balcão da cozinha um conjunto de garrafas já bebidas e deixadas p/ trás. O cara (não sei porque mas acho que era um homem) bebia muito vinho francês, tinha também uma garrafa de vinho alemão e uma lata de cerveja perdida. Alemã? Não! Boliviana! Nunca pensei que cervejas bolivianas fossem boas. Aliás, nunca pensei nisso. Bom, mas voltando as visitas de reconhecimento do lar, peguei a lista e parti para o ap seguinte, num prédio quase na beira-mar. Adoro o mar! E olha que o apartamento tinha uma vista linda dele. Problema: vizinhança "adorável"! Gringos e putas! Não! Sou moça (ops!) de família. Preciso de um lugar mais mais mais . . . família. Mas também não é legal se tiver muita criança . . . criança faz barulho, grita, joga bola . . . É . . . acho que não sou tão "moça" de família assim. Cansei . . . depois continuo . . .

cenas dos próximos capítulos . . .


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sim ou não!





O que é mais difícil? Dizer sim ou dizer não?

Teoricamente, se a resposta caminha junto com o coração não é para ser difícil.

Agora, se contraria o que a gente sente . . . aí sim, com certeza não será fácil.

Mas hoje, apesar do meu coração e da minha mente sintonizarem no não, nunca foi tão difícil negar. E o pior é perceber que me acostumei a me negar pelo outro. Se a gente não fica atento, a gente se acostuma até com o que não é bom.