sábado, 21 de fevereiro de 2009

Retorno


De umas semanas pra cá, tenho retomado a mim.
É uma mistura de sentir e se lembrar!
Fazia tanto tempo que eu havia deixado a minha leveza . . .
E sem esperar, sem data marcada, ela voltou.
De um modo quase sorrateiro, ela retornou junto a minha coragem.
E meus horizontes estão aos poucos voltando a ser amplos,
e meus medos vão desprendendo, e a simplicidade vai me tomando.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A e B

Meu coração acabou de se dilacerar . . .
acabei de saber da partida definitiva de alguém.

E esse alguém, que nem cheguei a conhecer pessoalmente, conheci através da alegria, das emoções e dos sentimentos de amor de A, uma grande amiga muito amada. Eles se amaram uma primeira vez há muitos anos, eles se reencontraram no ano passado e o amor ressurgiu com mais força e entrega. Eles se comprometeram para essa e para todas as outras vidas, eles se escolheram de novo, ele voltou para seu país decidido a deixá-lo para viver uma nova vida aqui com ela.

E hoje choro com minha amiga . . . pois a vida pode ser generosa e cruel! B partiu!
"Os pneus deslizaram sobre a pista e os freios foram insuficientes..."

E no meio desse céu escuro, no meio de tudo isso . . . vejo que eles viveram juntos o que poucos vivem numa vida e meia. E sei que hoje isso não é consolo para A. Choro! Sei que nenhuma palavra minha pode amparar a minha amiga. Gostaria de estar ao seu lado agora para simplesmente não tocar no assunto, para levar-lhe água ou sair de perto se assim ela o desejasse.

Meu coração acabou de se dilacerar . . .

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Oh Linda!!!


Tá chegando o carnaval . . .
E hoje uma pessoa me perguntou: "Vai passar o carnaval aonde?"
Automaticamente respondi: "Vou ficar por aqui!"
E a pessoa me perguntou: "Não gosta de carnaval?"
E eu: "Gosto! Mas não sinto falta se não for brincar. Só não posso ficar assistindo algumas matérias de televisão, senão fico com um pouco de dor de cotovelo."
E aí, sem que eu quisesse, o carnaval me invadiu. E comecei a pensar nos meus carnavais.
E resolvi contar quantos foram . . . percebi que foram poucos. Como dizia a minha avó: "Não passam da mão! Mas qualidade é melhor do que quantidade." E notei dentre estes que os que mais gostei foram em Olinda porque lá eu nunca passei o carnaval . . . eu brinquei naquele sobe e desce de ladeira, usei apito, dei risada sozinha e acompanhada, tive que "segurar o cu" (p/ quem não sabe tem um bloco que sai todo ano chamado 'segura o cu'), ensaboei e fui ensaboada (no bloco dos ensaboados), dancei com quem conheci e com quem não conhecia, dei beijo na boca, me apaixonei, brinquei com revolver de água, me deliciei com as fantasias e com o humor dos foliões, fiz parte do Hard Frevo, tomei pau do índio, cheirei lança-perfume, bebi cerveja, furei um segundo buraco na orelha, vi Capiba desfilando num bloco e sendo seguido pelos aplausos daqueles que o viam (momento único!), perdi a unha do meus dois dedões dos meus pés, depois de um pisão de um cara de quase 2 metros de altura (doeu pra cacete!), quando dançava atrás do Jegue Elétrico, cheguei até a fim de namoro, chorei, briguei . . . MASSA!
"Oh Linda situação para se construir uma vila!"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Menos


Faz uma semana . . . da última vez que postei!
E olha que o que postei foi escrito por Pessoa.
O pior é que continuo sem inspiração!
Onde foram parar as minhas palavras?
Acho que estou numa fase de menos palavras . . .

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Pessoa

Hoje li Fernando Pessoa!
Não me permito escrever . . .

"Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
(...)
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.
(...)
Eu, sinto que ficou fora do que imaginei tudo o que quis,
Que embora eu quisesse tudo, tudo me faltou."

. . .

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Do quintal pra lua!


Hoje, depois de trabalhar, resolvi tomar um capuccino . . . enquanto aguardava recebi um convite irrecusável de uma amiga muito muito muito querida. Ela dizia: "Vamos beber um bom vinho?" Me deu vontade! "Onde você está?!" E eu disse: " Acabei de dar aula! Estou no shopping e pedi um capuccino pra viagem." E ela disse: "Tá cansada? Eu tô meio longe daí! Não sei se tem um lugar legal . . . você tá afim?" E eu respondi: "Estou afim de tudo que é bom! Até porque não vou a pé, vou de carro. Tenho uma idéia: você vai para sua casa e eu compro um vinho e te encontro lá." Essa minha amiga tem uma casa com o melhor quintal do mundo!!! Ele não é grande mas é do tamanho certo. Tem um gramado e uma brisa ótima. Dá pra ver o céu sem nenhum prédio bisbilhotando. De lá, dá pra ver as estrelas e hoje, mais especificamente, deu pra ver a lua . . . crescente. E o melhor é que ela topou! Fui p/ lá, tomei meu capuccino, comemos um pouco e brindamos com um bom cabernet sauvignon chileno. Ô lugar bom! Ô amiga amada! Tinham umas almofadas na varanda, a lua tava iluminando a gente além das velas. A música tava ótima! Conversamos, tomamos toda a garrafa de vinho mais o restinho de outra que já estava na geladeira . . . infelizmente tive que ir embora, trabalho amanhã, ou será hoje (?), bem cedo. Enfim, esse quintal . . . é tudo que há de melhor!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Né fácil não!

Acho que em muitos momentos buscamos equações no amor.
A idéia é solucionar as diferenças, somar sentimentos e multiplicar vida!
Mas até que ponto podem existir diferenças? Que tipos de sentimentos combinam para serem somados? Será que existem números e proporções ideais para isso?
Daí vem a física . . . existe eletricidade, temperatura, dinâmica, força, espaço e tempo ideais?
E a química? Sem essa não dá nem para começar.
A comunicação e a expressão também são fundamentais. Até porque na linguagem do amor, que por si só é contraditório, existe o risco de existirem ruídos que confundem os amantes.
Mas qual o caminho a ser tomado para acertar nas escolhas? Sei lá! Acho que só vai vivendo e sentindo. Afinal o amor vai muito além de tudo isso . . . tem a ordem do imponderável. As respostas estão todas dentro de nós? Acredito que sim. O difícil está em compreendê-las . . . E essa compreensão pede entrega e coragem. Né fácil não!!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Abraços!!!!


Existem vários tipos de abraços. Infelizmente nem todos são desejáveis ou especiais.
Tem abraço de vampiro. Daquele que dá vontade de sair correndo. A gente se sente drenado. Fuja desses abraços! Ou melhor, fuja dessas pessoas com esses tipos de abraços pois não é bom nem conversar com elas.

Tem abraço forçado, daqueles tipos de pessoas que acham que devem ser amigas da humanidade inteira, sem distinção e critério. Dá uma canseira . . . Abraçam mesmo que não sintam vontade. "Faz parte!" Acho esse tipo de abraço totalmente dispensável. Abraço pede sintonia!

Tem abraço de morada, tão gostoso que não dá vontade de sair dele. É daqueles de se sentir em casa. Intimidade e afeto são fundamentais!

Tem abraço febril, daqueles que despertam desejos de amor. Estes funcionam quase como narcóticos de encantamento. Pedem relógios quebrados! O tempo é o que menos importa. São abraços que inspiram beijos demorados . . . dentre outras coisas.

Agora, se juntar o abraço de morada com o abraço febril . . . aí sim! Adeus mundo!
Que mundo?